2018
DOI: 10.23925/2176-901x.2018v21i4p09-30
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Os Cuidados Paliativos Domiciliários, a Alimentação e os Familiares-Cuidadores

Abstract: Os Cuidados Paliativos são cuidados ativos, coordenados e globais e são um direito humano. O seu principal objetivo é promover o bem-estar, o conforto e a qualidade de vida dos doentes e suas famílias. Uma vez que um número significativo de doentes gostaria de morrer em casa, o domicílio torna-se um foco de atenção primordial para os profissionais de saúde. Devido à evolução da doença e aos tratamentos realizados, a vida dos familiares- cuidadores é frequentemente muito alterada, assim como a alimentação das p… Show more

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“…Alguns autores concordam que a inclusão de um nutricionista nas equipes de cuidados paliativos permite, por meio de uma abordagem individualizada e precoce e do AN personalizado, uma melhoria significativa da qualidade de vida do paciente e família 24 . O papel do nutricionista consiste também na preparação do doente para o percurso que ele, a família e a alimentação farão em conjunto durante a progressão da doença até a morte 24,26 . Entretanto, Lim et al 27 realizaram um estudo na China com cuidadores e enfermeiros no atendimento domiciliar de 99 pacientes, com média de idade de 77,7 anos, em uso de TNE em média há 29 meses, sendo a maioria acamada (90%) e com necessidade de assistência total com a alimentação (99%).…”
Section: Resultsunclassified
“…Alguns autores concordam que a inclusão de um nutricionista nas equipes de cuidados paliativos permite, por meio de uma abordagem individualizada e precoce e do AN personalizado, uma melhoria significativa da qualidade de vida do paciente e família 24 . O papel do nutricionista consiste também na preparação do doente para o percurso que ele, a família e a alimentação farão em conjunto durante a progressão da doença até a morte 24,26 . Entretanto, Lim et al 27 realizaram um estudo na China com cuidadores e enfermeiros no atendimento domiciliar de 99 pacientes, com média de idade de 77,7 anos, em uso de TNE em média há 29 meses, sendo a maioria acamada (90%) e com necessidade de assistência total com a alimentação (99%).…”
Section: Resultsunclassified
“…Para muitos pacientes, a manutenção da alimentação oral representa a permanência da sua história, a certeza de que ainda está ali, no controle da sua vida, uma esperança e, por vezes, até a última ou única fonte de prazer. Por isso, mudanças de consistências alimentares e/ou a suspensão da alimentação oral podem representar mais uma perda que o paciente tem que vivenciar, gerando, assim, um grande sofrimento para todos os envolvidos no cuidado 9,29 . Essa é a dificuldade que eu vejo nela por conta da doença, porque até então antes ela comia DE TUDO (C1).…”
Section: Perdaunclassified
“…São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PEPGG/PUC-SP Apesar de a área da medicina ter evoluído com o objetivo de fazer ou promover o bem, isto tem sido entendido como o dever de curar a doença e preservar a vida (Ligiera, 2005;Filho, 2008;Pinho-Reis, & Coelho, 2014a;Pinho-Reis, & Coelho, 2014b; Pinho- Reis, Sarmento, & Capelas, 2018), pelo que a arte de cuidar foi-se perdendo, à medida que se instaurou uma ciência do cuidar (Reis, 2011;Neves, 2014;Reis, 2015). Assim, se todas as doenças ocorrem em meio natural e se todas as doenças têm cura, então, a alternativa preferida já não é deixar que a natureza siga seu curso mas, sim, lutar contra as doenças (Pessini, 2001 (Araújo, & Martins, 2010;Neto, 2010;Pinho-Reis, & Coelho, 2014a;Pinho-Reis, & Coelho, 2014b;Reis, 2015;de Andrade, Almeida, & Pinho-Reis, 2017;Pinho-Reis, 2018;Pinho-Reis, Sarmento, & Capelas, 2018) O aumento da longevidade levou as pessoas a debaterem-se com as consequências desse maior período de vida, tais como o aumento das doenças crônicas e progressivas e a falência de funções orgânicas que originaram um aumento do número de pessoas doentes fora das possibilidades terapêuticas de cura e, consequentemente, à dependência durante periodos de tempo mais longos até à morte (Neto, 2010;Capelas, & Coelho 2013). Todos os avanços na área da medicina geraram no ser humano a ideia de imortalidade, colocando nos profissionais de saúde uma responsabilidade, sabedoria, omnipotência e omnisapiência, que estes não possuem (Sancho, 2006).…”
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