Os Efeitos Da Equoterapia No Desempenho Ocupacional De Pessoas Que Sofreram Acidente Vascular Cerebral

Abstract

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar os efeitos da Equoterapia na rotina das ocupações de pessoas com sequelas neurológicas decorrentes de Acidente Vascular Cerebral (AVC), buscando compreender, a partir da visão dos usuários, a influência desta intervenção no desempenho ocupacional. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagem quali-quantitativa, transversal, de caráter descritivo-exploratório, no qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas na modalidade online, através de um questionário previamente estabelecido e da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM). Os participantes da pesquisa são pessoas que sofreram AVC em algum momento da vida, e o grupo foi dividido em duas categorias: pacientes pós AVC que se submeteram à equoterapia e pacientes pós AVC que não utilizaram deste recurso. Os participantes foram localizados por meio de pessoas da comunidade que frequentam espaços sociais, como igrejas, escolas, empresas e outros. Após a entrevista, foi realizada análise dos dados coletados e a comparação dos resultados entre os dois grupos de participantes, a fim de identificar se há diferenças nos resultados entre ambos. Resultados: os participantes praticantes da equoterapia relataram benefícios significativos em seu desempenho ocupacional e qualidade de vida, que contrastam com os relatos dos participantes não praticantes. Os que praticam a equoterapia tiveram scores na COPM mais baixos que os não praticantes, principalmente no que se refere à satisfação de seu desempenho nas atividades que ainda desejam realizar, ou melhorar. Isto se deve possivelmente ao fato de que os praticantes da equoterapia relatam melhora significativa na autoestima e na confiança em seu processo de reabilitação. Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que pacientes com sequelas pós-AVC que praticaram a equoterapia como recurso terapêutico, apresentam melhora no desempenho ocupacional e evoluíram em tempo menor quando comparado com aqueles que não utilizaram o recurso.