A capoeira é uma manifestação que faz parte do patrimônio cultural afro-brasileiro. A prática desse esporte nos traz diversos benefícios, porém é muito comum a ocorrência de lesões. O objetivo do presente estudo foi avaliar fatores de risco potenciais que podem estar relacionados a ocorrência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de Capoeira bem como determinar a prevalência de lesões no âmbito da modalidade. Foi realizado um estudo transversal observacional com 54 praticantes de capoeira de ambos os gêneros, através da aplicação de um questionário semiestruturado com questões abertas e de múltipla escolha que abordaram dados antropométricos, histórico de lesões, tempo de treinamento, prática na modalidade esportiva, presença desconforto/dor nos últimos 6 meses e busca por atendimento profissional pela plataforma Google no período de agosto a outubro de 2021. Dos 54 avaliados, a idade média apresentada foi de 35 anos, destes 51,9 % correspondiam ao gênero homens. Em relação à graduação 29,7 % eram iniciantes, 14,9% eram avançados e 55,4% era, graduados. Em relação à prevalência de lesões musculoesqueléticas, 54,5% relataram já ter lesionado em decorrência da modalidade onde joelho (33,3%), ombro (16,7%) e lombar foram as regiões anatômicas mais acometidas. Em relação à presença de dor nos últimos 6 meses, 87,3% relataram apresentar, especialmente no joelho (45,5%) e lombar (36,4%). Em relação à procura por atendimento profissional, 16,4% buscaram a fisioterapia. Concluiu-se que a articulação do joelho, seguido de ombros, coxa/perna e coluna lombar são as articulações mais suscetíveis às lesões na prática da capoeira, em público graduado, de maior tempo, frequência e volume de treinamento.