Resumo: Este artigo destaca uma rede de aquicultores na região centro-este da Amazônia brasileira, com base em discussões do grupo WhatsApp “Peixe de Rondônia”, entre agosto de 2016 e outubro de 2017, acerca de soluções para superar os desafios ambientais, sociais e econômicos. Para tanto, buscou-se verificar a utilidade dessa rede para o compartilhamento de informações com vista à promoção da sustentabilidade do setor, mediante técnicas de análise de rede social e análise de conteúdo na perspectiva exploratória, com apoio computacional dos softwares Gephi e Iramuteq, cujos resultados apontam que a rede total apresenta quatro classes com níveis de interação distintos e complementares e baixa densidade (0,038). A análise de conteúdo demonstrou a existência de cinco clusters de interesse: “mercado”, “grupo social”, “processos produtivos”, “legislação” e “normatização”. O cluster “mercado” apresenta robustez quanto à proximidade e à coesão, configurando-se em uma comunidade de prática ativa dos produtores terminadores. Preocupações com sustentabilidades econômica e ecológica foram constatadas, porém verificou-se que a rede não se constitui efetivamente em comunidade de prática, pois não há evidências de que as discussões promovidas no grupo, até o momento, geraram ações reais de contribuição para a sustentabilidade da atividade. As evidências indicam que os atores do grupo, individualmente, possuem interesse na concretização das ações propostas, no entanto constatou-se que ainda são necessárias tomada de conciência e organização coletiva para alcançar objetivos comuns com foco na sustentabilidade do setor.