“…As mutações provocam mudanças basofílicas e mucóides no tecido conjuntivo das válvulas coronárias e da aorta, bem como coarctação da aorta (estreitamento da aorta que dificulta a irrigação das partes inferiores, assim, as artérias torácicas internas e as intercostais anteriores e posteriores -ramos diretos da aorta -se anastomosam para manter a circulação nas porções inferiores do corpo). Geralmente há anormalidade dentária quando visualizado na microscopia eletrônica, e neste ponto alguns autores demonstram a heterogeneidade deste tipo, sugerindo semelhanças com a OI tipo III(59).Bioquimicamente, a OI tipo II pode ser caracterizada por aumento do conteúdo de hidroxilisina, tanto no osso como na cartilagem, com aumento proporcional de ligações covalentes entre glicose e galactose(60).Bodian et al, 2009 (61) fizeram estudos moleculares que sugerem que a prevalência de mutações recessivas em CRTAP é de 5% na OI grave/letal.Muller-Hermelink et al, 1982 (62) eSteinmann et al, 1984 (63) estudaram material de pacientes com OI Tipo II e descobriram em alguns casos, culturas de fibroblastos onde a mutação incorpora cisteínas, a formação de pontes dissulfeto inviabiliza a formação da tríplice hélice, fazendo com que a proteína não seja funcional, quando ocorre a incorporação de 1 ou 2 cadeias pro-alfa mutadas.Cohn et al, 1986 (64) descreveram um caso em que a ruptura do padrão (Gly-X-Y)n por substituição de uma glicina por uma cisteína causou o fenótipo letal, e este estudo estabeleceu a mutação mínima capaz de provocar um fenótipo resultado de novas mutações dominantes, sem efeito de idade parental elevada(65). Em alguns casos, existem evidencias de que mosaicismo gonadal materno seja responsável por este tipo de OI(66).OI Tipo IIIO tipo III clássico de OI descrito porSillence et al, 1979 (6) na Austrália é a forma dominante com esclera azul, deformidade progressiva nos membros na infância e na coluna entre o fim da infância e o começo da adolescência.…”