Introdução: A perda auditiva induzida por ruído consiste atualmente em uma das maiores causas de perdas auditivas neurossensoriais. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi estudar os limiares de audibilidade e as emissões otoacústicas por produto de distorção, pré e pós-exposição a níveis elevados de ruído branco (100 dB NPS por 10 minutos), em função das variáveis lado da orelha e sexo, buscando informações para estabelecer a eficácia de ambos para detectar pequenas mudanças temporárias no limiar. Forma de estudo: prospectivo clínico randomizado. Material e método: Foram avaliados quarenta indivíduos otologicamente normais, sendo 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, com idade variando de 18 a 36 anos. Ambos os testes, audiometria tonal e emissões otoacústicas por produto de distorção, foram realizadas de forma prévia e posterior à exposição ao ruído branco. Resultados: Os resultados mostraram que a audiometria tonal liminar é sensível para evidenciar mudanças temporárias nos limiares de audibilidade após exposição ao ruído branco nas freqüências de 2, 3, 4 KHz, independentemente, do lado da orelha e sexo, e que as emissões otoacústicas evidenciaram mudanças temporárias na sensibilidade auditiva após exposição ao ruído através da redução de suas amplitudes, nas freqüências de 2588 e 3614 Hz para o sexo feminino e nas freqüências de 932, 1304, 2588, 5128 Hz para o sexo masculino. Conclusão: Concluímos que tanto a audiometria tonal quanto as emissões otoacústicas evidenciaram sensibilidade para detectar mudanças temporárias significantes nos limiares de audibilidade e amplitudes, respectivamente, após a exposição ao ruído, variando de acordo com as freqüências estudadas.Silvana Frota 1 , Maria Cecília Martinelli Iório 2 Palavras-chave: audição, emissões otoacústicas, ruído, estimulação acústica.