Objetivo: Verificar limiares auditivos em frequências convencionais e altas frequências e presença de emissões otoacústicas por produto de distorção em pacientes falcêmicos, analisando a variável faixa etária. Método: Coorte observacional, prospectivo, analítico, de fins diagnósticos. Realizada audiometria convencional, audiometria em frequências altas (AAF) e emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD) em pacientes portadores da doença. Resultados: Foram avaliados 38 pacientes, sendo 16 (42,1%) na faixa etária de 7 a 20 anos de idade e 22 (57,9 %), de 21 a 35 anos. A alteração auditiva na audiometria convencional foi de 6,3% na faixa etária de 7 a 20 anos e 13, 6%, entre 21 e 35 anos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as faixas etárias (p=0,624). Na AAF, alteração em 25% das crianças e adolescentes e em 68,2% dos adultos. Os adultos apresentaram maior perda auditiva (p=0,021). Não houve diferença significativa na comparação das medidas de relação sinal/ruído das EOAPD entre as orelhas, tanto na amostra total quanto por faixa etária (p>0,05). Não houve associação significativa entre os resultados das alterações das EOAPD e a perda auditiva em frequências ultra-altas tanto nas crianças e adolescentes (p=0,250) quanto nos adultos (p=0,121). Na comparação entre as sensibilidades dos exames AAF e EOAPD, houve diferença significativa entre eles somente nos adultos (p=0,004). Conclusões: Os adultos com maior duração da exposição à doença apresentaram elevação dos limiares em AAF, bem como alteração das EOAPD.