Áreas verdes nos centros urbanos podem contribuir para o controle térmico das “ilhas de calor urbanos”. Dentro de um contexto de mudanças climáticas, com o crescente aumento das temperaturas, climas mais secos e ondas de calor cada vez mais frequentes, as áreas verdes assumem uma importância cada vez maior, visto que são capazes de criar um efeito de resfriamento que pode se estender por suas áreas próximas. Este estudo analisa dentro do “polo de saúde” da cidade de Teresina, uma área com uma densidade urbana alta, como a arborização da região afeta o aspecto térmico da região selecionada. Parâmetros climáticos foram medidos (temperatura geral, sensação térmica, umidade relativa do ar, velocidade do vento) em pontos selecionados dentro de uma área delimitada, iniciando pelas extremidades ao centro desta área, todos os pontos possuíam diferentes orientações e exposição ao sol. Foi averiguado que nas áreas onde a arborização era existente as temperaturas eram mais baixas tanto na sombra como em exposição ao sol. Apesar das condições climáticas locais, em particular da baixa velocidade do vento, a exposição ao sol e a geometria urbana são os fatores principais que influenciam nas temperaturas encontradas. O efeito de resfriamento causado pela arborização urbana pode ser mais bem compreendido com medições adicionais em diferentes épocas do ano na mesma região.