convencionais não revelaram qualquer alteração do mús-culo diafragmático, mesmo assim são submetidos à videocirurgia, para só desta maneira trazer a certeza da existência ou não desta lesão.Uma vez feito o diagnóstico, e desde a clássica descrição de Carter e Giuseffi 8 , que definiram que por esta lesão diafragmática órgãos abdominais atravessariam este orifício com formações das hérnias e que os doentes portadores desta afecção apresentariam três fases de evolução: fase aguda, fase de latência e a fase tardia com altas taxas de morbilidade e mortalidade, justifica-se o tratamento operatório para suturar o diafragma e prevenir tais complicações.Ferimentos Penetrantes -Fase Aguda Ferimentos Penetrantes -Fase Aguda Ferimentos Penetrantes -Fase Aguda Ferimentos Penetrantes -Fase Aguda Ferimentos Penetrantes -Fase Aguda Estas lesões podem ser classificadas da seguinte maneira: lesão da zona de transição toracoabdominal com sinais de peritonite; lesões da zona de transição torácoabominal com sinais de comprometimento de órgãos torácicos que necessitam de toracotomias para as suas correções; lesões da zona de transição tóracoabdominal seguidas de imediata herniação visceral abdominal para o tórax; lesões da zona de transição tóraco-abdominal, hemodinamicamente instáveis. Nestas situações é evidente que o tratamento cirúrgico é necessário, pois além de corrigir as lesões existentes há necessidade de tratar a lesão do diafragma, se presente. Não há o que se discutir; esta é a melhor conduta 9 , aqui não há lugar para o tratamento conservador.Estas lesões da zona de transição toracoabdominal também podem ocorrer com: lesão isolada do diafragma diagnosticada; lesão isolada do diafragma despercebida; lesão do diafragma associada a um tipo de lesão de víscera abdominal que permite um tratamento não operatório. Nestas três situações acreditamos que podemos e devemos analisar, a possibilidade de não suturar o diafragma. Não conhecemos a história natural das lesões diafragmáticas, mas sabemos que algumas evoluem com hérnia diafragmática.Fica a pergunta: todas as lesões diafragmáticas evoluem para a herniação ou existe a possibilidade de cicatrização e cura sem necessariamente a formação de uma hérnia? Perlingeiro et al.
10,em 2001, utilizando modelo murino, provocaram a lesão experimental de 10% da superfície do diafragma através de videolaparoscopia, sob anestesia geral. Os animais foram distribuídos em dois grupos quanto ao acompanhamento temporal (precoce e tardio), sendo que os do grupo precoce foram mortos entre 11 e 60 dias de pós operatório e os animais do grupo tardio foram mortos entre 120 a 150 dias. Após a morte dos animais foram analisados aspectos macroscópicos com presença ou ausência de hérnia diafragmática, cicatrização espontânea e estudo microscópico. Não houve significância estatística em relação ao tempo de evolução, apresentando cicatrização espontânea em 91,1% do total (n= 56 ratos). As lesões foram realizadas tanto no diafragma direito como no diafragma esquerdo. Houve cicatrização em 100% das lesões à ...