Este artigo aborda a escrita da história escolar operada pelo padre jesuíta Rafael Maria Galanti (1840-1917). O objeto de investigação em destaque é o seu Compêndio de história universal, publicado no ano de 1894. Realizamos uma reflexão que compreende os eixos de inteligibilidade que acompanham a confecção dessa obra diante de exigências epistêmicas e ético-políticas que circunscrevem a história na Primeira República, o que nos faz apreender a historicidade das próprias regras (visíveis e invisíveis) que presidem a disciplina (escolar) naquele momento especifico. O recorte analítico proposto por este texto deslinda as dinâmicas do catolicismo, do eurocentrismo e do conceito de civilização presentes no referido livro. Ao que parece essa chave interpretativa possibilita o entendimento do raciocínio historiográfico elaborado por Galanti.