Considerado um dos poetas de vanguarda da poesia moderna chinesa, mais especificamente da corrente Menglong 朦胧, Bei Dao desfruta de uma vasta tradução e boa recepção internacional. Aliás, no mundo de língua portuguesa, o poeta ainda não teve a mesma atenção quer na tradução, quer na crítica literária como em outras línguas. Dado esse facto, o presente artigo visa oferecer uma breve panorâmica sobre o poeta Bei Dao, a sua poesia e a época em que viveu para o mundo da língua portuguesa. A partir disso, explora as questões de “traduzibilidade” e “chinesidade” discutidos ao longo da disseminação da poesia de Bei Dao. Com o foco nesses dois elementos, avançamos um estudo sobre a tradução da poesia de Bei Dao ao português à luz do conceito de “reescrita” de André Lefevere (1992), da teoria dos polissistemas de Itamar Even-Zohar (1990), e das normas de Gideon Toury (2012).