A ação do glyphosate na fisiologia e no controle de Urochloa brizantha cultivada sob restrição luminosa é pouco conhecida. Buscou-se avaliar a influência da restrição luminosa e da aplicação de glyphosate na fisiologia de U. brizantha e sua relação com o controle pelo herbicida. O experimento foi conduzido em campo no delineamento em blocos casualizados, com 5 repetições, no esquema de parcelas subdivididas. Nas parcelas alocaram-se três tipos de ambientes, sendo pleno sol, sombreamento intermitente com três horas de exposição direta de luz e sombreamento contínuo, e nas subparcelas as doses 0, 480, 960 e 1440 g. e. a. ha-1 de glyphosate. Aos 14 dias após aplicação foram avaliados o controle pelo glyphosate, a taxa fotossintética, condutância estomática e a taxa transpiratória, a eficiência quântica do fotossistema II, taxa de transporte de elétrons e a razão entre a fluorescência variável e máxima (Fv/Fm) e determinou-se a eficiência do uso da água (EUA). O controle foi acima de 80% no ambiente com sombreamento contínuo a partir da dose 995 g ha-1 enquanto no pleno sol o controle não atingiu 60% na maior dose testada. A U. brizantha teve redução na taxa fotossintética de acordo com aumento das doses de glyphosate testadas. As doses de glyphosate causaram redução na EUA com ajuste quadrático da regressão ajustada. O sombreamento contínuo teve a EUA 36% menor que os demais ambientes, entretanto essa variável não diferiu entre o pleno sol e o sombreamento intermitente. A U. brizantha teve seu aparato fotossintético comprometido na menor dose testada (480 g ha-1) e isso foi agravado com a exposição das plantas aos sombreamentos, com reduções na taxa de transporte de elétrons de até 70%. As plantas não apresentaram variação na relação Fv/Fm entre os ambientes. Conclui-se que o glyphosate altera negativamente a fisiologia da U. brizantha independente da restrição luminosa. A ação do glyphosate é mais eficiente em planta sob restrição luminosa, com maiores dados nas variáveis fisiológicas analisadas.