RESUMOObjetivo: Demonstrar a possibilidade de alterar a plasticidade do estroma corneano através da utilização do agente fotossensível riboflavina associado ao uso de iluminação não-ultravioleta. Métodos: Experimento prospectivo duplo cego. Vinte e cinco olhos de porcos enucleados até 24 horas antes do experimento, foram divididos nos seguintes grupos: Grupo RB01+L-Riboflavina 0,1% com irradiação de luz azul; Grupo RB01-Riboflavina 0,1% sem irradiação de luz azul; Grupo RB05+L-Riboflavina 0,5% com irradiação de luz azul; Grupo RB05-Riboflavina 0,5% sem irradiação; Grupo L-Solução salina balanceada e irradiação de luz azul. Resultados: Após o tratamento das informações dos grupos estudados, obtivemos diferenças estatisticamente significantes no grupos RB01+L e RB05+L(p<0,05). Os grupos sem irradiação de luz azul e o grupo somente com irradiação da luz azul sem riboflavina, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Conclusão: A utilização de riboflavina para efetuar o processo de aumento de ligações covalentes entre as fibrilas colágenas pode ser uma das chaves para o controle de doenças da córnea como o ceratocone. Nas concentrações estudadas e doses de irradiância concebidas, o processo de aumento das características biomecânicas da córnea foram obtidas com sucesso.