“…Desde os trabalhos iniciais de Sears, Maccoby e Levin (1970) sobre como os pais educam seus filhos e quais as conseqüên-cias para o desenvolvimento da criança das variadas formas de socialização, diferentes aspectos das relações parentais foram foco de investigações. Pode-se salientar, por exemplo, as relações pais-filhos e características de apego (Kerns, Aspelmeier, Gentzler & Grabill, 2001;Rosen & Rothbaum, 1993;Stein, Williamson, Birmaher, Brent, Kaufman, Dahl, Perel & Ryan, 2000), as dimensões do estilo parental (Baumrind, 1970;Costa, Teixeira & Gomes, 2000), a importância das crenças parentais nas práticas educativas (Grusec, Hastings & Mammone, 1994;Luster & Okagaki, 1993;Super & Harkness, 1996), a relação das práticas parentais com a psicopatologia infantil (Wamboldt & Wamboldt, 2000;Wasserman, Miller, Pinner & Jaramillo, 1996) e, finalmente, práticas parentais e abuso (Nicholas & Bieber, 1996). Atualmente, a importância da relação entre pais e filhos e das práticas de socialização utilizadas para promoção do desenvolvimento psicossocial da criança baseia-se no entendimento de que os processos relacionais entre pais e filhos são situações complexas, que influenciam e são influenciados pelo contexto imediato de inserção da família e por situações mais distais da organização social e histórica da comunidade (Super & Harkness, 1996;Bronfenbrenner, 1996).…”