Ah, o famigerado espaço dedicado aos agradecimentos, turbulenta seção de toda tese onde podemos, ainda que minimamente, recobrar um pouco da poesia que nos é apagada no ambiente acadêmico-científico. Onde podemos recordar que o trabalho acadêmico, apesar de solitário, jamais é feito de forma isolada, e que por trás de todo indivíduo há sempre uma série incontável de pessoas que, direta ou indiretamente, tornaram seu trabalho possível. Onde podemos depositar todo nosso âmago, nosso fígado e estômago, dando um pouco de emoção a um ambiente instucionalizadamente frio e racional. Onde podemos dar ao leitor um pouco do gosto da "cozinha de pesquisa", muito mais tumultuada do que a fria pena de um trabalho concluído pode insinuar. Onde podemos, enfim, com a tese impressa e em mãos, passear pelos corredores, e alegremente apontarmos a nossos companheiros enquanto acaloradamente dizemos "Olha, coloquei você nos Agradecimentos!". O que poderíamos incluir em tal seção que fosse drasticamente diferente do que já foi escrito e reescrito incontáveis vezes? A resposta, certamente, é nada. Peço perdão aos eventuais leitores transeuntes, portanto, pois esta seção é por definição sobremaneiramente cliché. Primeiramente, gostaria de agradecer à minha família, especialmente meus pais, Cezar Alberto Mingardi e Ilza Malta Mingardi, bem como à minha irmã caçula, Aline Malta Mingardi, por terem participado de cada momento da minha vida. Ou, mais especificamente, pensando nesses últimos meses, agradeço a paciência que tiveram por aguentar todas as vezes em que eu caoticamente transitava pelos cômodos de casa, balbuciando algumas palavras incompreensíveis, aflito por não conseguir terminar minha pesquisa. A meu maior e mais antigo amigo, Cauan Botelho Nasser, por ter me aturado por todos esses anos. Faz o que agora, 15 anos que nos conhecemos? E durante esses quinze anos, deparei-me mais de uma vez me perguntando como e por que continuamos mantendo contato, apesar de todas as adversidades que tivemos. A resposta ainda não sei, mas certamente fico feliz de tudo ter dado certo. A Tatiana, Saulo, Dona Júlia, Yago e Yanka, por sempre terem me recebido acaloradamente. Prometo que de agora em diante terei mais tempo para visitá-los. A todos os amigos que fiz ao longo da minha graduação em Ciências Sociais, sem os quais certamente não teria chegado aqui. Agradeço a Tatiane Daniel Passarini,