Saint-Martin (1980), versa sobre a "formação de elites" e almeja alcançar três objetivos. Primeiro, introduzir uma discussão conceituai sobre as relações de reciprocidade em instituições oficiais no Brasil, a partir do caso da Academia Nacional de Medicina. Segundo, valendo-se de trajetórias representativas dos componentes desta academia, em diferentes períodos de sua existência, o artigo procura localizar um padrão geral nas relações e práticas sociais e políticas que, a despeito das vicissitudes históricas, se prolonga até o final do período considerado . Examina, por fim, os diferentes significados do título escolar, enquanto recurso para ascensão social e seleção de elites no Brasil, apontando suas relações com a alegada 'crise' conseqüente à expansão e diversificação recente do mercado escolar.As bases sociais e ideológicas da seleção da elite médica Alguns desafios conceituais se impõem à análise dos princípios e critérios que numa sociedade 'periférica 1 presidem ao recrutamento e seleção da elite de determinada 'profissão', cuja caução oficial são, sobretudo, os títulos escolares. Se por um lado não se trata de uma situação meramente 'tradicional', por outro está em pauta