O objetivo com o presente estudo foi o de pesquisar a riqueza de espécies e as diversidades alfa e beta de comunidades arbóreas em seis áreas da Floresta Tropical Seca (FTS), localizada no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. As hipóteses testadas foram: (i) variações de altitude, temperatura, pluviosidade e luminosidade não influenciam a riqueza de espécies e a diversidade alfa, mas afetam a diversidade beta, e (ii) a substituição das espécies (turnover) é o fator determinante da estrutura das comunidades nas áreas de FTS estudadas, significando que essas comunidades estão sob a pressão da filtragem ambiental. A primeira hipótese foi apenas parcialmente verificada pelos resultados, uma vez que um dos gradientes ambientais, mais especificamente a pluviosidade, exerceu um efeito significativo sobre a riqueza de espécies e a diversidade alfa. No entanto, todos os gradientes ambientais afetaram a estrutura das comunidades e a diversidade beta. O processo de turnover foi identificado como fator determinante para a estrutura das comunidades arbóreas da FTS, validando a pressão causada pelos filtros abióticos e verificando a segunda hipótese. A estrutura da comunidade e a diversidade beta foram influenciadas principalmente pela pressão da altitude sobre o turnover e, em menor grau, da temperatura e da precipitação sobre o aninhamento.