Paulo Freire e a educação da infância: contribuições à educação social a Partir da obra Pedagogia do Oprimido

Abstract

Paulo Freire foi um dos educadores brasileiros mais reconhecidos mundialmente, sua obra é extensa e contempla muitas temáticas. Todavia, ao analisar como é estudado e socializado o legado freiriano, é possível perceber que seus pressupostos são, em grande maioria, difundidos nos estudos sobre a Educação de pessoas jovens e adultas. Assim, o objetivo desse estudo é analisar e discutir como os pressupostos freirianos podem ser recriados na Educação da Infância, sendo que historicamente o legado freiriano foi pouco mencionado nas práticas pedagógicas e discussões referentes à Educação da Infância. A metodologia utilizada baseia-se numa pesquisa qualitativa, de caráter teórico. A partir da análise da obra Pedagogia do Oprimido é possível afirmar que os pressupostos teóricos freirianos podem ser utilizados em diversos contextos educativos, principalmente naqueles onde os mecanismos de opressão, de exclusão, de preconceito, de subordinação, de miséria, dentre outros, se fazem presentes e impedem a vocação de ser mais das pessoas: a humanização. Sob essa perspectiva, foi possível evidenciar que o pensamento freiriano é significativo para alavancar mudanças no âmbito da Educação Social, em especial ao que tange à Educação das Infâncias.

Una Gramática de la Infancia Oprimida

“…Pero a su vez, como lo plantean posteriormente las autoras, en reconocer que los niños y niñas son sujetos históricos y sociales, que hacen parte del mundo, son con el mundo y con los demás y también pueden construir su vocación ontológica, la de humanización Teixeira de Paula, 2021). Su hambre, las prácticas de maltrato infantil o de explotación, no son meros preconceptos, allí se encarna conocimientos vivos de la realidad injusta, prácticas que someten a la infancia como objeto de deshumanización, al no ser consideradas desde el derecho a vivir y ser (Peloso, 2017). De allí, que pensar en la formación de los educadores infantiles pase por reconocer las propias apuestas políticas, abordar con rigor las condiciones de vida y los diferentes contextos de las infancias oprimidas (étnicas, urbano populares, campesinas, afrodescendientes etc.…”

“…Estas lecturas se nutren de trabajos pioneros adelantados por colegas brasileros, quienes, a partir de la revisión teórica de la obra freireana, analizan las referencias sobre la infancia, los niños y las niñas, para aportar en la mirada de la educación de la infancia popular y su posibilidad de "ser más", de reconocerse como sujetos históricos, inacabados, en devenir Texeira de Paula, 2011), así como contribuir en la construcción de una educación para las infancias populares y oprimidas (Peloso, 2017;Teixeira de Paula, 2021). En algunos casos, se encuentra elaboraciones que recuperan experiencias educativas con la infancia gestadas desde los Movimientos Sociales, especialmente desde el Movimiento Sin Tierra (MST), esa relación potente entre educación infantil y movimientos sociales, en las que se visibiliza los aportes de Freire para ubicar una infancia de derechos, deseos y luchas (Angelo, 2009).…”

A Grammar of Oppressed Childhood

“…But at the same time, as the authors later state, in recognizing that children are historical and social subjects, that they are part of the world, that they are with the world and with others and can also build their ontological vocation, that of humanization Teixeira de Paula, 2021). Their hunger, and the practices of child abuse or exploitation, are not mere preconceptions; there is embodied living knowledge of the unjust reality, practices that subject childhood to an object of dehumanization by not being considered the right to live and be (Peloso, 2017). Hence, thinking about the training of early childhood educators involves recognizing the political stakes themselves, rigorously addressing the living conditions and the different contexts of oppressed children (ethnic, urban popular, peasant, Afro-descendant, etc.…”

“…Pioneering works nourish these readings carried out by Brazilian colleagues, who, from the theoretical review of Freire's work, analyze the references on childhood, boys and girls, to contribute to the view of popular childhood education and its possibility of "being more," of recognizing themselves as historical subjects, unfinished, in the process of becoming Texeira de Paula, 2011), as well as to contribute in the construction of an education for popular and oppressed child-hoods (Peloso, 2017;Teixeira de Paula, 2021). In some cases, we find elaborations that recover educational experiences with childhood developed from the Social Movements, especially from the Landless Movement (MST), that strong relationship between children's education and social movements, in which Freire's contributions are made visible to locate a childhood of rights, desires, and struggles (Angelo, 2009).…”