Àquelas crianças africanas... que com seus olhares me fizeram despertar à educação.Àqueles a quem me refiro como mãe e pai... pelo alicerce e amparo insubistituíveis.Àquele que muito me ensinou... orientador, professor e mentor.
RESUMOA Recuperação Contínua e Paralela (RCP), que está inserida na política pública principal da Progressão Continuada (PC), é uma proposta que consiste na revisão dos conteúdos, não apropriados pelo aluno, através de métodos alternativos e diferenciados de ensino. Tal política foi implantada carregando as mensagens, presentes na legislação, de compreender o ritmo individual de aprendizado, melhorar a alfabetização e eliminar a desmotivação dos alunos retidos. Porém, tornou-se comum, principalmente entre as pessoas implicadas na PC, denominá-la "progressão automática". Em vista disso, e mediante as críticas que apontam para a possível ineficiência desses programas, questionou-se: porque a PC e a RCP continuam sendo aplicadas na rede estadual paulista de ensino? Parece existir, para além do que se apresenta num primeiro plano, uma razão de fundo que mantém a política pública em vigor. A hipótese inicial seria de que a melhoria nos indicadores da Educação está acima das preocupações com as relações entre ensino e aprendizagem, uma vez que tais indicadores podem ser convertidos em captação de recursos, sejam financeiros ou políticos. A presente pesquisa buscou investigar como esses programas estão ocorrendo no cotidiano e relacionálos com os discursos dos envolvidos, bem como o da legislação. Para tanto, realizou-se investigação de natureza qualitativa: levantamento e análise de pesquisas acadêmicas acerca dos temas; observação participante em escolas; entrevistas com professores, pais e alunos; desenvolvimento da Análise de Discurso das falas dos envolvidos e de alguns materiais divulgados pela mídia escrita; e correlação com a filmografia escolhida para a pesquisa.