RESUMO: Objetivo:Apresentar os resultados obtidos com técnica única para tratamento do Pectus Excavatum e Pectus Carinatum. Método: De 1976 a 2000 foram operados, 183 portadores de Deformidades da Parede Torácica Anterior sendo 98 Pectus Carinatum (70 P. Carinatum Simétrico, 18 P. Carinatum Lateral a Direita e 10 P. Carinatum Lateral a esquerda), 62 Pectus Excavatum (57 P. Excavatum Simétrico, 4 P. Excavatum Lateral a Direita e um P. Excavatum Lateral a Esquerda), 17 Pectus Carinatum Superior, um Pectus Combinado, quatro Protusões Costais Inferiores e uma Depressão Costal. A indicação foi exclusivamente estética em 182 (99,4%) dos pacientes. Foi utilizada técnica única para Pectus Carinatum e Pectus Excavatum: incisão transversal inframamária; ressecção subpericondral de todas as cartilagens envolvidas na deformidade; dissecção retroesternal mínima; osteotomia esternal anterior, fixação da osteotomia esternal com fios de aço;utilização da placa retroesternal em casos selecionados de Pectus Excavatum; pregueamento dos feixes pericondriais para dar maior rigidez a parede torácica e auxílio na manutenção do esterno na sua posição; drenagem do tecido celular subcutâneo e do plano submuscular, sutura intradérmica da pele. Resultados: Bom ou excelente em 175 (95,6%) dos pacientes. Complicações ocorreram em 14 (7,6%) pacientes: oito casos (4,5%) de seroma; um (0,5%)hematoma de parede; dois (1,0%) caso de dor torácica intensa no pós-operatório; um(1,0%) caso de deiscência parcial da sutura da pele e dois casos (1,0%) de cicatriz hipertrófica que foram tratados com ressecção e betaterapia. Conclusão: Pelos resultados estéticos alcançados, a esternocondroplastia apresentada está indicada para correção de Pectus Excavatum/Carinatum. Descritores: Tórax em funil; Anormalidades; Procedimentos cirúrgicos operatórios.
INTRODUÇÃOPediatras, ortopedistas, cirurgiões torácicos, cirurgiões pediátricos; cirurgiões plásticos, de modo geral, têm dificuldade em reconhecer os tipos de deformidades torácicas e em orientar ou conduzir o seu tratamento. O desconhecimento, a pouca experiência da maioria dos serviços de ortopedia e cirurgia torácica e a baixa incidência desta entidade contribui para esta dificuldade.