O estado de Pernambuco é responsável por quase toda a produção de gesso no Brasil, que está concentrada na região do Araripe, onde há minas de gipsita com elevada pureza e facilidade de exploração. O Polo Gesseiro do Araripe representa um importante recurso para a região em que está inserido. No entanto, alguns fatores colocam em alerta a continuidade e o desenvolvimento desse setor, merecendo destaque a matriz energética, notadamente baseada no uso de lenha. Nesse contexto, o presente artigo analisa a relação entre os ciclos econômicos e o estado da arte da atividade, a legislação como parâmetro regulatório e a relação destes com a conservação do bioma Caatinga. Observa-se que a atividade sempre foi dependente da utilização de recursos lenhosos em sua cadeia produtiva, fator que levou a uma severa degradação desse bioma na região e que, devido à alta demanda por lenha, expande esse problema para outros estados do Nordeste. Embora exista uma vasta legislação relativa à questão ambiental, essa não é amplamente seguida, além de ser ainda pouco fiscalizada. Essa situação traz uma instabilidade nesse segmento produtivo, podendo acarretar perda gradual de competitividade.