2015
DOI: 10.46752/anphlac.14.2013.2331
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Pensando a história fora da nação: a historiografia da América Latina e o viés transnacional

Abstract: Este ensaio examina a emergência da “virada transnacional” dentro da profissão de historiador a partir dos anos 1990. Defendo que os historiadores da América Latina desempenharam um papel central na mudança para abordagens transnacionais. Ansiosos para contestar as interpretações históricas que tratam da história da América Latina como uma ramificação econômica, iniciativas políticas e culturais norte-americanas, os latino-americanistas têm procurado elaborar perguntas que transcendam as fronteiras nacionais e… Show more

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“…Mesmo assim, são as construções possíveis, elaboradas nessa complexa rede transnacional Sul-Sul, que se destacam historiograficamente -a exemplo, em hipótese, da própria incorporação dos debates na temática habitacional à pauta da SUDENE, e no limite, a realização do VI CRR. A zona de contato (Weinstein, 2013) representada por esse evento, afinal, parece apenas evidenciar a indissociabilidade histórica entre as considerações sobre o subdesenvolvimento latino-americano e os debates em Planejamento Regional e provisão habitacional, fundamentalmente imbricados à reflexão sobre a "questão rural" no subcontinente.…”
Section: Discussões E Consideraçõesunclassified
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“…Mesmo assim, são as construções possíveis, elaboradas nessa complexa rede transnacional Sul-Sul, que se destacam historiograficamente -a exemplo, em hipótese, da própria incorporação dos debates na temática habitacional à pauta da SUDENE, e no limite, a realização do VI CRR. A zona de contato (Weinstein, 2013) representada por esse evento, afinal, parece apenas evidenciar a indissociabilidade histórica entre as considerações sobre o subdesenvolvimento latino-americano e os debates em Planejamento Regional e provisão habitacional, fundamentalmente imbricados à reflexão sobre a "questão rural" no subcontinente.…”
Section: Discussões E Consideraçõesunclassified
“…Desde então, é fato notório que multiplicam-se produções acadêmicas que propõem aproximar-se dos territórios chamados "periféricos", em suas distintas dimensões de existência, a partir de um viés decolonial. Esforços como o da americanista estadunidense Barbara Weinstein merecem destaque nesse sentido: reconhecendo a permeabilidade das fronteiras nacionais e a construção compartilhada de conhecimento entre os povos latino-americanos, a autora defende a abordagem de um viés transnacional dentre aqueles que se propõem a analisar esse território, ultrapassando a identificação nacional e destacando o conjunto compartilhado de valores, princípios e ideias que aproximam grupos em regiões distintas, destacando sua circulação nos diferentes espaços, junto aos próprios indivíduos e suas instituições (Weinstein, 2013).…”
Section: Introductionunclassified
“…Pelo contrário, o feminismo se construiu de maneira muito mais dinâmica e complexa, com militantes periféricas, como as latinas e caribenhas, resistindo à pressão estadunidense por hegemonia no movimento (e no continente), por exemplo. Logo, como observado por Weinstein (2013), essa pode ser uma estratégia importante para romper com o excepcionalismo norte-americano presente em tantas pesquisas de história da América.…”
Section: A Construção De Uma História Transnacional Do Feminismounclassified
“…17 Não cabe a este texto discutir as diferenças entre cada uma das alternativas. Contudo, esclareço que, ancorada nas leituras de autores comoConrad (2019),Weinstein (2013) e outros, utilizo as palavras viés, perspectiva e abordagem para me referir a essas histórias.18 LIMA, 2015, p. 579. 19 LINDEN, 2009…”
unclassified
“…No presente caso, tal estrutura (léxico constitucional) circulou entre atores de locais distintos, com a amplitude transnacional. Este viés transnacional pressupõe o estabelecimento de arenas de interação e não a supervalorização de um local como produtor fundamental do conhecimento que circula (Weinstein, 2013). Como veremos, apesar do pertencimento a contextos linguísticos distintos (alemão, espanhol, português), médicos praticantes simpatizaram por meio de interesses teóricos similares.…”
Section: Introductionunclassified