“…Esta transição, caracterizada por numerosos desafios e ajustes, inicia-se durante a gravidez, prolonga-se para o pós-parto (Parfitt & Ayers, 2014;Saxbe et al, 2018;Tavares et al, 2019). Tornar-se mãe ou pai é frequentemente uma transição stressante (Gutiérrez-Zotes et al, 2016;Meleis, 2017;Perren et al, 2005), que envolve processos a longo prazo que reorganizam tanto as cognições quanto os comportamentos (Hoekzema et al, 2016;Mendes et al, 2022;Workman et al, 2012), tornando as novas mães mais vulneráveis perante novas circunstâncias e obstáculos (Gutiérrez-Zotes et al, 2016;Parlamento Europeu, 2013). Um conjunto crescente de evidências sugere que o stresse perinatal e a depressão são expressões simbólicas de impotência que afetam negativamente a vida íntima e social das novas mães, envolvendo a falha de vinculação com seus bebés e a redução das interações interpessoais, tendo efeitos negativos a curto e longo prazo sobre mães e recém-nascidos (Gutiérrez-Zotes et al, 2016;Thiel et al, 2020).…”