Cavernas são atrativos naturais muito específicos, que se diferenciam em função do confinamento espacial, ausência de luz direta e mesmo da ideia geral de natureza ao ar livre. Geralmente estão associadas a roteiros de ecoturismo e turismo de aventura, os quais preconizam grupos menores de visitantes, por questões de segurança e pela própria lógica de concepção das atividades. Neste contexto, realizou-se uma pesquisa no âmbito da capacidade de carga social, com o objetivo de avaliar o efeito que a quantidade de visitantes concomitantes em um roteiro pode ter sobre a satisfação de cada visitante com a visita realizada. Para investigar este aspecto, a pesquisa de campo entrevistou 682 visitantes de três diferentes cavernas turísticas brasileiras, localizadas em Iporanga-SP, Bonito-MS e Lagoa Santa-MG. Os resultados demonstram que os volumes de visitação, incluindo as quantidades de pessoas por grupo, de grupos entre si e o tempo de espera para entrada nas cavernas turísticas não têm efeito relevante sobre a qualidade da experiência. Os visitantes pesquisados se mostraram igualmente satisfeitos com a experiência nos vários níveis de visitação observados. Nas conclusões, hipóteses e questões foram levantadas, considerando também eventuais mudanças na percepção de lotação em função das práticas contemporâneas de distanciamento social e comportamento de viagem.