Os minerais apresentam importância socioeconômica que remonta o uso de determinados tipos de pedra como o sílex para fabricação de utensílios e armas. Novos materiais também são desenvolvidos a cada dia. Nesse sentido, a demanda por produtos minerais de diversas composições é necessária e dentre esses, pode-se referir aos não metálicos como o caulim. Entretanto, com a realização dos diversos tipos de atividades que compõem o processo de exploração mineral, vários impactos negativos são gerados e, em algumas situações, estas ações são irreversíveis ao meio ambiente e posteriormente à população, ao ponto de ainda não terem sido completamente mensurados. Diante disso, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos socioambientais causados nas atividades de extração e beneficiamento do caulim nos municípios do Junco do Seridó e Assunção na Paraíba e Equador no Rio Grande do Norte. O presente trabalho utilizou-se da aplicação de questionário a uma amostra da população da zona rural residente no entorno das mineradoras, nos respectivos municípios. Teve como base a análise de conteúdo das respostas e se caracteriza como uma pesquisa quantitativa-qualitativa. Ao todo foram aplicados 30 questionários, 11 no município do Junco do Seridó-PB, 10 em Assunção-PB e 9 em Equador-RN. Foi possível identificar através do relato dos interlocutores, que há impactos como a emissão de poeira, prejuízos à flora e fauna. Verifica-se dessa forma que, na amostragem realizada, há geração de impactos que, em termos locais, podem gerar prejuízos superiores aos benefícios, pois, apesar da oferta de empregos, contudo, proporciona baixa renda aos trabalhadores.