Percepção dos Pais de Pacientes com Transtorno do Espectro Autista sobre o Atendimento Odontológico com Sedação Leve à Moderada

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do desenvolvimento neurológico com início precoce, caracterizado por comprometimento das habilidades sociais e da linguagem, além de comportamentos estereotipados. Pacientes com TEA são indivíduos que representam um grande desafio para os cirurgiões-dentistas, devido às suas manifestações clínicas complexas e variadas, sendo assim, o tratamento odontológico para este grupo, muitas vezes, é considerado desafiador para os pais e para os profissionais. Esse trabalho objetivou-se avaliar a percepção dos pais de pacientes com TEA sobre o uso da sedação leve à moderada no atendimento odontológico. Foi realizado uma pesquisa com estudo descritivo e uma abordagem qualitativa para responder às questões dinâmicas e complexas propostas aos pais sobre sedação leve à moderada em pacientes com Transtorno do Espectro autista. A pesquisa foi realizada em um consultório particular, na cidade de João Pessoa, Paraíba. Os sujeitos do estudo foram pais de pacientes com autismo que tenham sido sedados ao menos uma vez em consulta odontológica. Os entrevistados demonstraram bastante satisfação com o uso da sedação no atendimento odontológico de pacientes com TEA. A pesquisa irá contribuir proporcionando uma realidade mais assertiva devido à experiência pessoal com os filhos submetidos a sedação durante atendimento odontológico.

Alterações oclusais em pacientes com transtorno do espectro autista: Uma revisão de literatura

“…Também, por ser invasivo, o tratamento odontológico costuma gerar resistência em pacientes com TEA, aliado a isso, o consultório pode vir a se tornar um lugar de estímulos sensoriais muito fortes e desconfortáveis a estes pacientes, uma vez que contém luzes fluorescentes, equipamentos com altos ruídos, pessoas, aromas e texturas desconhecidas. Em alguns pacientes autistas não colaboradores, há necessidade de lançar mão de sedação medicamentosa para favorecer o tratamento (Lima, et al, 2022).…”