RESUMO O presente estudo analisa as divergências e as convergências entre a Estratégia Saúde da Família (ESF) e a Unidade Básica de Saúde Tradicional (UBST) pela ótica dos usuários e profissionais da saúde em um município brasileiro com população aproximada de 220.000 habitantes. Na coleta de dados, os questionários, formulados a partir dos componentes do Primary Care Assessment Tool (PCAT), foram respondidos por 142 profissionais da UBST e 147 da ESF e, ainda, por 199 usuários da UBST e 197 da ESF. Na análise foi utilizado o nível de significância α igual a 5% (p ≤ 0,05) e, para as comparações, o teste de Wilcoxon. Constatou-se que, na maioria das dimensões analisadas, tanto do ponto de vista dos usuários como dos profissionais, a ESF recebeu melhor avaliação. Quanto à feita pelos profissionais, a UBST foi considerada melhor apenas no item acesso e, para o domínio porta de entrada, não houve diferença estatisticamente significativa comparando-se com a avaliação dos profissionais da ESF. Para os usuários da UBST, o acesso e o elenco de serviços foram considerados melhores em comparação com a dos usuários da ESF. Mesmo frente aos melhores resultados da ESF, existem desafios importantes para as duas modalidades. Palavras-chave: Atenção primária à saúde. Sistema único de saúde. Qualidade da Assistência à Saúde.