Percepções dos educadores sobre a inclusão na educação pré-escolar: o papel da experiência e das habilitações

Abstract

ResumoEm Portugal, a extensão dos serviços de educação especial à educação pré-escolar é relativamente recente. São também escassos os estudos que avaliam as percepções dos educadores de infância sobre as práticas inclusivas. Neste trabalho, pretendemos avaliar as percepções dos educadores de infância sobre a inclusão. Recorreu-se a uma amostra de 118 educadores de infância portugueses, a quem foi administrado o Inventário de Inclusão. Os resultados indicam que a implementação de práticas inclusivas está relacionada com a percepção de apoio e utilização anterior de práticas inclusivas. Educadores mais novos, com menos experiência letiva e com menos experiência na aplicação de práticas inclusivas possuem mais crenças sobre a inclusão. Educadores mais velhos e que trabalham mais tempo com crianças com necessidades educativas especiais percebem como melhores os efeitos da inclusão. Esses resultados são discutidos à luz da literatura existente, apresentando-se também implicações para a prática educativa e para a investigação. Palavras-chave: Inclusão. Pré-escolar. Percepções. Educadores de infância. IntroduçãoA idade em que as crianças frequentam a educação pré-escolar 1 corresponde a um período crítico para o desenvolvimento das suas competências, nos domínios cognitivo, social e emocional, sendo, por isso, de máxima importância que as práticas implementadas neste ciclo de ensino maximizem as oportunidades de desenvolvimento das mesmas, independentemente do nível socioeconómico ou a Universidade Católica Portuguesa -UCP Braga, Portugal.b Universidade do Minho -UMinho. Braga, Portugal.1 Neste artigo, referimo-nos à educação pré-escolar enquadrada no sistema educativo português, sendo legalmente estipulado que esta se destina a crianças com idades compreendidas entre os três anos e a entrada na escolaridade obrigatória que, em Portugal, ocorre por volta dos seis anos de idade (PORTUGAL, 1997a).

Radiografía De La Investigación Sobre Educación Inclusiva

“…Un cuarto grupo de autores se acoge a una perspectiva inclusiva con foco en estudiantes con necesidades educativas especiales (NEE), es decir, con dificultades de aprendizaje escolar con o sin un diagnóstico en particular. En este grupo los autores abordan diversos temas para comprender a este colectivo de alumnos, como las adecuaciones curriculares, las prácticas de aula, las percepciones del profesorado, la codocencia, entre otros (Figueroa Céspedes et al, 2020;Dias & Cadime, 2018;Navarro-Aburto et al, 2016;Díaz del Cueto et al, 2019).…”

Educador de Infância: Perceções e Práticas de Inclusão

“…Apesar do papel dos educadores de infância na criação de uma educação pré-escolar de qualidade, os estudos que avaliam as suas perceções face às práticas inclusivas em idade pré-escolar são escassos (DIAS; CADIME, 2015CADIME, , 2018. Desses, uma grande percentagem enfoca a perceção dos educadores de infância face à inclusão de crianças com NEE.…”

"Jogamos Tudo, Brincamos Todos": Estudo piloto em contexto da educação pré-escolar

“…Especificamente, no que à idade pré-escolar diz respeito, importa reforçar que as crianças estão num desenvolvimento exponencial a vários níveis, tanto no domínio cognitivo, como social ou emocional, pelo que as atividades e as experiências proporcionadas nesta faixa etária deverão levar ao limite máximo o desenvolvimento de competências nas diversas áreas (Dias & Cadime, 2018). Assim, os profissionais que planeiam e desenvolvem as atividades com estas crianças deverão ter presentes as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE) em vigor em Portugal, neste caso, mais especificamente, a área da expressão e comunicação, no que ao domínio da Educação Física diz respeito.…”