O câncer é uma doença avassaladora, e os cuidados paliativos devem estar presentes a partir do momento em que a doença se torna agressiva e em estágio avançado, sendo uma atribuição da equipe de enfermagem planejá-los e oferecê-los aos pacientes. O objetivo foi analisar as contribuições e dificuldades da enfermagem na implementação dos cuidados paliativos aos pacientes oncológicos terminais. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual de Saúde, entre julho e novembro de 2020, utilizando a metodologia Prisma. Foram incluídos na amostra 14 artigos que contemplaram o tema, sendo 92,8% no idioma inglês e apenas 7,1% nacional. Além disso, 35,7% são produções de países europeus e 28,5% são da América do Norte. O maior número de publicações em países europeus pode estar relacionado ao fato de que a Europa é o berço do estudo sobre os cuidados paliativos. Constatou-se, entre os 14 estudos, a importância da enfermagem oncológica na prestação de cuidados de fim de vida. No entanto, esses profissionais têm dificuldade em lidar com as dores físicas e emocionais dos pacientes, receios em falar sobre antecipação do planejamento dos cuidados paliativos, falta de confiança em comunicar com o paciente em momentos de preocupações, medos e anseios no que diz respeito ao processo morte e morrer, apego emocional, dúvidas de quais são suas atribuições reais no cuidado e limitações como a falta de tempo para realizar formação/capacitação presenciais ou online.