As Infecções Sexualmente Transmissíveis continuam a ser uma preocupação significativa para a saúde pública no Brasil, apesar dos esforços para controlá-las. O Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) desempenha um papel central no registro e monitoramento dessas infecções, mas desafios persistem, além da notificação compulsória não abranger todas, existe a subnotificação e os casos de pacientes que não procuram as unidades de saúde em tempo hábil, resultando em custos substanciais para o Sistema Único de Saúde. O objetivo deste estudo foi discutir o rastreamento e controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis no Brasil. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, cujos resultados e discussão demonstram que as estratégias educativas desempenham um papel fundamental na modificação de comportamentos de risco, abrangendo diversas faixas etárias, porém, a implementação eficaz de políticas públicas de prevenção de ISTs depende da sensibilização e capacitação contínua da equipe multiprofissional, principalmente as equipes da Atenção Primária à Saúde. As políticas públicas incluem a promoção da vacinação contra o HPV e hepatites virais, a disseminação de informações em saúde e o acesso a testes e tratamentos. Embora haja políticas e iniciativas voltadas para as ISTs, os números revelam a importância contínua de estratégias de prevenção e educação em saúde. As ISTs têm um impacto significativo nos índices socioeconômicos, afetando particularmente populações vulneráveis. Portanto, o diagnóstico, o tratamento e o conhecimento público sobre essas infecções continuam a ser prioridades. A multiprofissional da Atenção Primária em Saúde desempenha um papel fundamental no rastreamento, diagnóstico e tratamento de ISTs, e a educação em saúde desempenha um papel-chave na redução da transmissão.