A pandemia de COVID-19 trouxe mudanças profundas para a vida dos estudantes, principalmente devido ao isolamento social e ao ensino remoto emergencial (ERE). Este estudo, realizado com alunos do ensino médio técnico integrado em Goiânia, avaliou os impactos do isolamento social na rotina escolar, nas relações familiares e na saúde mental, com ênfase na ideação suicida. Por meio de questionários virtuais e análise estatística, os resultados mostraram que 79,2% enfrentaram dificuldades de aprendizado no ERE, 66,8% relataram problemas para equilibrar atividades escolares e domésticas, e 63,8% observaram aumento nos conflitos familiares. As dificuldades de aprendizagem foram correlacionadas à adaptação tecnológica (r=0,1662; p=0,018) e à sobrecarga doméstica (r=0,344; p<0,001). Além disso, 83% dos estudantes relataram tristeza, 68% tiveram dificuldade de concentração e 9,5% apresentaram ideação suicida, associada à tristeza, falta de energia e dificuldade de lidar com a vida. Foi observado que a maioria dos estudantes que faziam uso de medicamentos para dormir iniciou esse hábito durante a pandemia. Os dados ressaltam como o isolamento social e as mudanças na rotina escolar agravaram o sofrimento emocional e acadêmico dos jovens, destacando a necessidade de medidas preventivas e políticas públicas integradas. Estratégias que ofereçam suporte educacional e emocional são essenciais para reduzir os transtornos mentais e promover o bem-estar dessa população vulnerável.