As hepatites virais B e C são inflamações do tecido hepático que acometem anualmente milhares de pessoas no mundo e são consideradas agravos de saúde pública mundial. A pandemia COVID-19 apresentou medidas para evitar contaminação que retardaram o diagnóstico de outras infecções, incluindo as hepatites. O objetivo deste estudo foi analisar os casos notificados de hepatites B e C de Rondonópolis (MT) durante os dois primeiros anos de pandemia COVID-19. Trata-se de uma pesquisa de campo, documental, descritiva e retrospectiva, com abordagem quantitativa, abrangendo os dados coletados de hepatites B e C em Rondonópolis (MT) no período de março de 2020 a março de 2022. Os dados foram coletados no Serviço de Atenção Especializada e para análises estatísticas foram realizados com o auxílio do Software R o teste Qui-quadrado e de correlação de Kendall (p-valor<0,05). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Rondonópolis. Foram analisadas 59 notificações, 49,15% para hepatite B e 50,85% para hepatite C. Observou-se maior registro de casos em 2021, com maior prevalência dos casos no sexo masculino, adultos, pardos, residente na zona urbana, não gestantes, sem agravos associados, fonte mecânica de infecção pessoa/pessoa, forma clínica crônica/portador assintomático, por confirmação laboratorial e esquema vacinal completo. Conclui-se que houve uma baixa notificação de casos no decorrer do primeiro ano de pandemia COVID-19. Os serviços de saúde devem planejar as ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e diagnóstico precoce das hepatites, incluindo este público