O estudo é justificado pelo fato de que a incidência de pessoas diagnosticadas com câncer de pele tem crescido significativamente nas últimas décadas em todo o mundo, tornando-se um grande problema relacionado à saúde pública. A análise do perfil epidemiológico desses pacientes é considerada de extrema importância, pois pode fornecer informações significativas para a implementação de estratégias de prevenção, detecção precoce e tratamento. Para tanto teve como objetivo principal traçar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com câncer de pele no Nordeste do Brasil. A metodologia foi realizada a partir de dados secundários disponíveis no DATASUS, utilizando uma abordagem quantitativa e descritiva para analisar as internações de pacientes com câncer de pele na região Nordeste entre janeiro e setembro de 2023. Foram incluídos dados referentes ao sexo, idade, cor/raça e exposição ocupacional ao sol. Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes diagnosticados era do sexo masculino (55%), com idades acima de 60 anos, e de cor branca (70%), destacando a forte correlação entre a exposição solar e o desenvolvimento da doença. Além disso, observou-se que 70% dos pacientes não utilizavam proteção solar regularmente, e trabalhadores de atividades expostas ao sol, como a agricultura e a construção civil, apresentaram maior incidência de câncer de pele. Em conclusão, compreende-se a necessidade de reforçar políticas públicas de prevenção, com foco em conscientização e uso de proteção solar, além de promover intervenções específicas para trabalhadores mais vulneráveis. Futuros estudos devem aprofundar a análise dos fatores comportamentais e ocupacionais associados ao câncer de pele no Nordeste, visando estratégias mais eficazes de combate à doença.