OBJETIVO:verificar queixas, sintomas vocais e laringofaríngeos e desvantagem vocal de cantores evangélicos, comparando cantores de igrejas tradicionais com cantores de igrejas pentecostais.MÉTODOS:foram analisados 100 cantores evangélicos, de ambos os sexos, divididos em grupos tradicional e pentecostal. Aplicou-se um questionário sobre profissão, autoimagem vocal, queixa, sintomas vocais/laríngeos e o protocolo Índice de Desvantagem Vocal para o Canto Moderno. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por meio do cálculo da média, porcentagem e comparação entre os grupos (Teste de Mann-Whitney com nível de significância 5%).RESULTADOS:a maioria dos cantores evangélicos não utiliza a voz profissionalmente, e 2% têm conhecimentos sobre técnicas e preparação vocal. O tempo em atividades de canto/ensaio varia de 6 a 8 horas semanais e mais da metade do grupo analisado referiu possuir boa voz. Não houve diferenças significantes quanto às queixas vocais e laringofaríngeas, na comparação entre os grupos. Cantores evangélicos tradicionais apresentaram maior frequência do sintoma vocal "voz forte" quando comparados aos cantores pentecostais, considerando o gênero masculino (p=0,002). Cantores pentecostais do gênero feminino referiram pior resultado para incapacidade (p=0,008), desvantagem (p>0,000) e defeito (p=0,004), quando comparados aos cantores tradicionais do gênero feminino.CONCLUSÃO:com exceção do sintoma "voz forte" mais relatado pelos cantores masculinos do Grupo Tradicional, não houve diferenças significantes em relação à queixa vocal e sintomas vocais entre os grupos estudados. Mulheres do grupo Pentecostal apresentaram pior resultado nas três subescalas, revelando maior desvantagem vocal do que mulheres do grupo Tradicional.