Este trabalho objetiva averiguar a presença de matérias estranhas presentes em águas minerais envasadas e sugerir a utilização da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), como técnica adequada para detecção e contagem. Oito amostras de água mineral foram obtidas e subamostras de 100 mL foram filtradas em membranas, que foram secas e recobertas com platina e observadas em MEV. Áreas de 21.025 μm2 foram focalizadas e as partículas contadas. Realizaram-se análise de variância e o teste de Regwq para a comparação das médias das contagens. Diferentes partículas visualizadas foram registradas sob distintas magnificações. A análise de variância revelou alta significância entre a quantidade de matérias estranhas das amostras, indicando que as amostras diferiram bastante quanto a essa característica. As médias obtidas obedeceram a uma estratificação, mas foram estimadas com grande precisão, sugerindo-se que a subdivisão em 10 grupos de contagem e a extrapolação para o volume de 100 mL é uma estimativa confiável para a contagem de partículas filtradas nesse volume de água. Foi mostrado que o MEV se apresentou como instrumento auxiliar adequado para a contagem de matérias estranhas em amostras de águas minerais envasadas, especialmente quando suas dimensões não permitem sua identificação convencionalmente.