Perfil de mortalidade por homicídios e suicídios em homens no sertão de Pernambuco

Abstract

Introdução: as violências letais caracterizam-se como eventos fatais que acarretam um grande quantitativo de vítimas. Os homens emergem como protagonistas no cenário dos homicídios e dos suicídios, eventos que ocasionam impactos a toda apopulação. Objetivo: avaliar o perfil das mortes por homicídios e suicídios em homens na região do sertão de Pernambuco, Brasil, em 2015 e 2016. Materiais e métodos: estudo quantitativo descritivo e inferencial, desenvolvido no Instituto de Medicina Legal de Petrolina, Pernambuco, por meio dos registros de homicídios e suicídios na população masculina, ocorridos em 2015 e 2016. Resultados: as variáveis de idade, estado civil, zona e local de ocorrência, instrumentos utilizados e lesões segundo região anatômica mostraram associação com os casos de homicídios e suicídios. Esse perfil revela que as maiores vítimas de homicídios esuicídios no sertão de Pernambuco são adultos, solteiros, acometidos em vias públicas nos casos de homicídios e em suas residências nos suicídios, além de apresentarem graves lesões para ambas as causas de morte. Conclusões: o grupo populacional al masculino deve ser considerado heterogêneo e de características particulares em termos de formulação das políticas públicas de prevenção às violências letais. Evidencia-se a necessidade do desenvolvimento de abordagens que sejam capazes de fundamentar o enfrentamento desses óbitos.

Homicídios por lesão de arma branca em um estado do Nordeste entre 2011 e 2020

“…As taxas de homicídios são uma representação fidedigna da violência social, pois exprimem a eficiência das políticas de segurança pública implantadas em determinada localidade. Além disso, essa forma de violência figura como a mais grave existente, tendo em vista que tem o poder de subtrair do ser humano aquilo de mais precioso que ele tem, que é a sua vida (14) . As agressões por instrumentos perfurocortantes emergem como uma das causas mais comuns e preocupantes de óbitos, já que tais instrumentos podem ser adquiridos com facilidade e sem restrição.…”

Violência física no estado do Espírito Santo: uma análise dos casos notificados

“…O Instituto Médico Legal de Petrolina/PE revelou que, entre 2015 e 2016, 58,8% dos casos de agressões ocorreram fora do domicílio [31]. Nesse sentido, a violência física no cenário de vias públicas foi potencializada pela intencionalidade da ação e redução na sobrevida que conjuntamente associada a um momento de baixa circulação de pessoas pode expor a vítima a uma situação de maior risco e letalidade do ato [32]. Além do exposto, a violência física pode ser visualizada e esse fato determina uma aceitação social, enquanto outras tipologias, como a psicológica, possuem uma dificuldade para serem reconhecidas como violências e isso promove com que sejam veladas [33].…”