O objetivo deste estudo é compreender a partir da literatura científica atual o perfil das vítimas de traumatismo cranioencefálico, e os fatores relacionados a este agravo. Esta pesquisa se configura como uma revisão integrativa da literatura, embasada na estratégia PICo, por meio dos descritores: complicações; fator de risco e traumatismos craniocerebrais. A busca dos artigos ocorreu nas bases de dados LILACS, MEDLINE, BDENF, IBECS e CUMED, via BVS, tendo por filtro o recorte temporal de 2018 a 2023, artigos primários, disponíveis na íntegra, na língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Neste sentido, com a aplicação dos descritores nas bases de dados obteve-se um total de 851 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão conseguiu-se 101 artigos que seguiram para leitura prévia, destes, 23 seguiram para leitura completa, excluindo-se 13, e a amostra final foi de 10 artigos. Assim, observou-se que entre as principais vítimas de traumatismo cranioencefálico a população masculina representou maior prevalência, em idade reprodutiva de 30 a 50 anos, por vezes associados a quedas da própria altura e acidentes de trânsito. Neste cenário, foi possível constatar que as hemorragias intracranianas emergiram como principais fatores agravantes desta lesão, capazes de repercutir em sequelas temporárias ou permanentes. Outro ponto evidenciado foi acerca das implicações do TCE na saúde mental de suas vítimas, bem como as complicações neurodegenerativas a ele associadas. Evidenciou-se que o TCE prevalece entre os principais agravos identificados nos atendimentos dos serviços de urgência e emergência, capaz de perpetuar cadeias de repercussões na saúde física e mental das vítimas, bem como corrobora com a necessidade de internações prolongadas em algumas manifestações e a necessidade de um aporte hospitalar intensivo para a promoção, recuperação e reabilitação da saúde.