O leite, um alimento nobre e de grande importância para a pecuária pode sofrer impactos negativos, em especial com a ocorrência de doenças, como a mastite, que provoca alterações no pH, o que o deixa mais alcalino. A mastite causada por Streptococcus uberis (S. uberis), um agente etiológico ambiental, tem como alvo tratamentos à base de ß-lactâmicos, usualmente prolongado pela dificuldade no tratamento destas. Nesse sentido, sabe-se que o pH alcalino hidrolisa os ß-lactâmicos em meios líquidos, assim, o objetivo do trabalho foi observar se o pH alcalino do leite de vaca com mastite ambiental provoca inativação ou redução da ação dos antimicrobianos. Para tal, leite saudável e de animais com mastite foram cedidos de uma propriedade rural em Córrego Fundo-MG onde nestes foram mensurados o pH e realizado esterilização para inoculação de cepas de S. uberis (previamente isolado) juntamente com uma base antimicrobiana comercial de amoxicilina e clavulanato. Ao final, foi verificado o crescimento bacteriano nas diferentes amostras. Foi realizado um antibiograma com a amostra isolada de S. uberis para verificar a ausência de resistência ao antimicrobiano utilizado, onde tal amostra não apresentava resistência. Dentro das condições experimentais, o micro-organismo apresentou um comportamento de crescimento diferente diante dos diferentes pH das amostras, crescendo mais (p<0,01) no leite de mastite com pH 7,6, mesmo na presença de antimicrobiano. Com isso, enfatiza-se a necessidade da realização de mais estudos farmacológicos sobre os antimicrobianos utilizados na mastite.