Introdução: O processo de doação de órgãos e tecidos é definido por ações a fim de transformar um Potencial Doador (PD) em doador efetivo e inicia-se com o diagnóstico de morte encefálica.
Objetivo: analisar o perfil clínico e sociodemográfico dos potenciais doadores de órgãos, como também os fatores que influenciam na doação de órgãos.
Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal, retrospectiva e analítica realizada através da coleta de dados de 455 prontuários de pacientes com diagnóstico de Morte Encefálica, de uma Região do Nordeste brasileiro, utilizando formulário estruturado. Posteriormente realizaram-se análises descritivas e nas associações entre as variáveis independentes e dependente, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson
Resultados: As faixas etárias de maior incidência foram entre 21 a 40 anos e 41 a 60 anos, com 33,8% cada, prevalecendo o sexo masculino (64,1%). Em relação à causa da morte, predominou o Trauma Cranioencefálico com 36,5%. Foram entrevistados 83,3% dos familiares e desses, 53,5% autorizaram a doação. Quanto à relação das respostas das entrevistas com os familiares e o sexo dos PD o sexo masculino se destacou com 59,01% das entrevistas positivas, quanto a entrevista e faixa etária, não foram encontradas diferenças significativas. Correlacionando o resultado das entrevistas familiares e a causa da morte, 40,63% destas tinham como causa o trauma cranioencefálico, e desse total, 63,63% tiveram a doação autorizada.
Conclusão: A maioria dos doadores efetivos foram jovens e do sexo masculino, com prevalência do trauma craneoencefálico como causa da morte encefálica e da aceitação familiar para a doação.