Os acidentes de trabalho representam perdas irreparáveis do ponto de vista econômico e social. A indústria da construção lidera o ranking dos acidentes mais graves e fatalidades, por conta das características de baixa qualificação, elevada rotatividade e o reduzido investimento por parte das empresas em treinamento e condição de trabalho. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo principal analisar e avaliar se o Mapeamento Reverso de Análise de Falhas (MRAF) identifica os setores críticos, mitiga a reincidência dos acidentes e corrobora à mudança do nível da maturidade da cultura de segurança. Para tanto desenvolveu-se um procedimento sistematizado com base na integração das técnicas Failure mode and effects Analysis (FMEA), Gráfico de Pareto e Mapeamento de Processos. Metodologicamente a pesquisa foi suportada por um estudo de caso em profundidade em uma obra de construção e montagem industrial no interior do estado do Rio de Janeiro, que contou com análise documental, entrevistas, observação direta e aplicação do procedimento sistematizado. Como resultados, observou-se que o “processo de concretagem” era o mais crítico em relação a ocorrência dos acidentes e que os modos de falhas mais prejudiciais estão relacionados com as falhas na identificação da qualificação e/ou capacitação profissional dos trabalhadores da linha de frente.