Objetivo: Analisar a associação entre ensino presencial na graduação e risco de adoecimento por COVID-19 entre alunos de uma universidade, no período de agosto de 2020 a dezembro de 2021. Métodos: Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo durante o referido período, com o grupo exposição composto por alunos do 1º ao 9º período de Medicina (presencial) e o grupo controle por alunos do 1º ao 7º período de Direito (remoto) na mesma instituição. Coleta de dados foi feita por meio de questionário online, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 63362022.5.0000.8044). O tratamento estatístico incluiu o teste Qui-Quadrado de Pearson (χ²) para variáveis qualitativas. Resultados: A amostra, constituída por 467 indivíduos, registrou 54,6% (255) de casos de COVID-19, sendo 49,6% (146) no curso de Direito (controle) e 63% (109) no curso de Medicina (exposição). A análise revelou risco relativo (RR) de 1,269 (IC 95%: 1,079 – 1,492, p=0,0052) para associação entre exposição ao ensino presencial e adoecimento por COVID-19. A não recepção de nenhuma dose da vacina foi identificada em 3,46% do grupo exposição e 0,36% do grupo controle. Houve uma redução de aproximadamente 55% na adesão à terceira dose de vacina nos grupos. Conclusão: Os resultados indicam associação nula entre ensino presencial e risco de COVID-19 na amostra estudada. Evidencia-se que as medidas de proteção adotadas foram efetivas na mitigação da contaminação e disseminação da doença, reforçando a importância de estratégias preventivas no ambiente acadêmico, destacando o papel crucial das medidas de segurança implementadas durante o período analisado.