Introdução: O uso da Terapia de Contensão Induzida é baseado na concepção da execução do treinamento intensivo e de repetição associada à restrição do membro sadio, de modo a induzir a reorganização funcional dos sistemas motores no acidente vascular encefálico, garantindo ganhos na funcionalidade. Objetivo: avaliar a funcionalidade de pacientes acometidos pelo acidente vascular encefálico após serem submetidos à terapia de contensão induzida. Material e método: A referida pesquisa caracterizou-se como experimental, com corte longitudinal de forma prospectiva, apresentando uma abordagem quantitativa identificando os efeitos de um programa fisioterapêutico utilizando a terapia de contensão induzida como recurso para incremento da funcionalidade dos indivíduos acometidos pela doença. Resultado: A amostra foi composta por sete pacientes acometidos pela doença, sendo quatro (57,10%) do gênero feminino e três (42,90%) do masculino, com média de idade de 59,43 anos (±10,25). Na Escala de Ashworth Modificada observou-se a redução da espasticidade. Na goniometria foi encontrado aumento da amplitude de movimento nos movimentos de flexão do ombro (p=0,039), abdução do ombro (p=0,041), flexão do punho (p=0,006), extensão do punho (p=0,023), desvio radial (p=0,032). Na Capacidade Funcional foi encontrado um aumento dos escores tanto por meio do Índice de Barthel quanto pela Escala de Desempenho Físico de Fugl Meyer. Conclusão: Nesse contexto conclui-se que a terapia de contensão induzida foi eficaz no incremento da funcionalidade dos indivíduos que sofreram o acidente vascular encefálico, devido ao processo de neuroplasticidade, decorrente do desenvolvimento da aprendizagem motora após o treinamento intensivo e de repetição com a terapia.Descritores: Acidente Vascular Encefálico; Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; Serviço Hospitalar de Fisioterapia.