Perfil e demandas de saúde de adolescentes escolares

Abstract

Objetivo: identificar o perfil e as demandas de saúde de adolescentes escolares, no Município de Divinópolis, Minas Gerais. Método: estudo transversal, exploratório-descritivo, realizado com 389 adolescentes do 8º e 9º anos do ensino fundamental. Resultados: entre os participantes do estudo, 34,4% já fizeram uso de álcool, 17,7% experimentaram fumar e 7,4% fizeram uso de maconha. A maioria dos adolescentes considerou seu estado de saúde como ótimo ou bom (84,4%). Dos que iniciaram atividade sexual, 28,9% relataram não utilizar nenhum tipo de método. Percentual elevado de adolescentes mencionou solidão em algum momento da vida (77,9%) e 5,3% dos meninos envolveram-se em brigas. Conclusão: as demandas dos adolescentes relacionadas ao sexo inseguro, saúde mental fragilizada, uso de álcool e outras drogas foram identificadas como prioritárias, necessitando da atuação conjunta entre saúde e educação na construção de estratégias comuns para o atendimento das necessidades inerentes ao adolescente.

La vivencia de la adolescencia en la periferia explorada en una acción educativa: investigación-acción

“…Los adolescentes que participaron de este estudio se sintieron confiados para expresar sus inquietudes frente a percepciones reproducidas socialmente que reforzaban la postura de preconcepto y desvalorización del ser adolescente en situación de vulnerabilidad social, desconsiderando sus capacidades y negando sus oportunidades. La necesidad de romper con los preconceptos que impregnan un contexto de vulnerabilidad social, que contribuyen a la exposición de los adolescentes a situaciones de violencia, de implicación con el tráfico y consumo de drogas y otros delitos, inicio precoz de la actividad sexual y exposición a las ITS's, son destacados en otros estudios con demandas de salud presentadas por los adolescentes y que no están siendo debidamente asistidas por los servicios de salud (Silva, Ribeiro et al, 2019;Santos et al, 2019).…”

Sintomatologia depressiva e suas repercussões na representação social da depressão: um estudo com adolescentes

“…Looking back to the study of adolescents is of utmost importance, not only because of the large number of them in Brazil and worldwide, but also because this is a specific stage of life that needs to be cared for due to its changes, its experiences, and its impacts on adulthood. According to Silva et al (2019), it is at this stage of life that adolescents manifest peculiar characteristics, such as the need to be accepted by the social group and the search for their identity. For Palacio, Pinto, Monte, Palacio and Aranha (2021) adolescence presents a greater burden in the lives of individuals, since they need to assume social responsibilities and acquire values that will guide their behaviors, which are often linked to the groups they belong to.…”

Estratégias educativas com jovens escolares em quarenta anos da epidemia de HIV/AIDS: uma revisão integrativa

“…Foi possível identificar que a situação da moradia, a não inserção no mercado de trabalho, a realidade socioeconômica familiar, e a não inclusão nos programas de transferência de renda, são condições importantes para a vulnerabilidade dos jovens às ISTs, afetando principalmente as camadas mais populares. As desigualdades sociais, a discriminação étnico-racial, as barreiras de acesso a assistência à saúde e informações sobre o autocuidado, incidem diretamente nas práticas sexuais desprotegidas e os riscos de exposição às ISTs, destacando-se o HIV/aids (Rodrigues et al, 2016;Heleno et al, 2018;Costa et al, 2019;Moreira et al, 2019;Silva et al, 2019).…”

“…A idade da primeira relação sexual apareceu como condição de vulnerabilidade em todos os estudos. Os achados indicaram que quanto mais cedo os jovens iniciam as práticas sexuais, destacando a faixa etária abaixo de 15 anos, menores são as chances de utilizarem métodos preventivos para as ISTs/HIV/aids (Rodrigues et al, 2016;Heleno et al, 2018;Costa et al, 2019;Moreira et al, 2019;Silva et al, 2019) (Heleno et al, 2018;Costa et al, 2019;Moreira et al, 2019;Silva et al, 2019 As alterações cognitivas provocadas pelas bebidas alcoólicas ou outras drogas são responsáveis por estimular comportamentos de risco, como o sexo consentido desprotegido ou a violência sexual (Rodrigues et al, 2016;Heleno et al, 2018;Costa et al, 2019;Moreira et al, 2019;Silva et al, 2019).…”

“…As pesquisas ressaltam que a omissão da família, a não veiculação de informação pela escola ou outros espaços em que os jovens estão inseridos, a dificuldade de manter vínculo com os serviços de saúde, o preconceito e os tabus sobre as diferentes infecções, implicam no desconhecimento ou conhecimento deficiente dos jovens sobre as ISTs, como o HIV/aids, e, consequentemente, na não adesão às práticas sexuais seguras (Rodrigues et al, 2016;Heleno et al, 2018;Costa et al, 2019;Moreira et al, 2019;Silva et al, 2019).…”