A persistência da sífilis gestacional como um desafio à saúde pública é evidente, apesar das opções de diagnóstico e tratamento disponíveis. O aumento nos casos têm destacado a urgência de medidas efetivas para conter essa tendência. Este estudo buscou analisar a sífilis gestacional em Minas Gerais, examinando a transmissão vertical, incidência de casos, detecção em gestantes, momento do diagnóstico e eficácia do tratamento, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Foram avaliados aspectos como taxas de transmissão vertical, incidência de casos, detecção em gestantes, momento do diagnóstico e tratamento. No período de 2017 a 2021, Minas Gerais registrou 25.545 casos de sífilis em gestantes. Observou-se um aumento gradativo de notificações, com destaque para a taxa de detecção em 2021 (23,2 casos por 1.000 nascidos vivos), ligada a desafios na oferta e administração do tratamento. O momento do diagnóstico também revelou a necessidade crucial de detecção precoce. Os resultados ressaltam a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância e notificação, bem como de aprimorar estratégias de diagnóstico e tratamento. A sífilis gestacional permanece uma ameaça ampla e profunda, indo além da gestante para impactar parceiros e recém-nascidos.