Descrever o perfil epidemiológico e clínico de pacientes pediátricos internados em um hospital secundário que foram transferidos para unidade de terapia intensiva, bem como relatar o desfecho final após 30 dias de transferência para UTI. Estudo retrospectivo de caráter descritivo, realizado pelas coordenações médica, de enfermagem e geral hospitalar de enfermagem, médica pediatra e aluna acadêmica de enfermagem de uma enfermaria pediátrica. A amostra participante incluiu pacientes internados em enfermaria pediátrica que foram transferidos para unidade de terapia intensiva no período de janeiro a dezembro do ano de 2023, em um hospital secundário do Ceará. Os dados foram coletados em prontuário físico, prontuário eletrônico e planilha de gerenciamento de transferências para UTI. As informações foram registradas por meio de Google Forms, gerando um banco de dados armazenado em planilha de Microsoft Office Excel. As variáveis foram categorizadas para melhor análise dos dados, sendo calculadas as frequências absolutas e relativas e dispostas para apresentação em formas de tabelas e figuras. Houve um total de 89 transferências da enfermaria de leitos clínicos pediátricos para UTI pediátrica, sendo 69,7% do sexo masculino e 30,3% do sexo feminino. Em relação à faixa etária, 53,9% das transferências corresponderam a crianças de até 2 anos de idade. Observamos que 32,6% das transferências para UTI pediátrica foram realizadas em menos de 24 horas da admissão na enfermaria e 13,5% foram transferidos entre 24 horas e 48 horas da internação. O desfecho em até 30 dias da transferência para UTI mostrou um desfecho favorável que corresponde a 93,3% dos pacientes. O presente estudo levanta dados epidemiológicos de uma unidade pediátrica, favorecendo o conhecimento do seu perfil para gestores e colaboradores.