Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, que visa analisar o perfil epidemiológico dos indivíduos vítimas de intoxicação exógena no contexto amazônico brasileiro. O mesmo foi desenvolvido através do levantamento de dados, utilizarando dados secundários de natureza pública disponibilizados pelo SINAN (sistema de informação de agravos de notificação), onde foram analisadas informações sobre a intoxicação exógena de todas as faixas etárias, de ambos os sexos no estado do Pará, nos anos 2019 a 2020, no periodo de agosto de 2022. As variáveis utilizadas foram: sexo, faixa etária, etnia, município de notificação, escolaridade, exposição de trabalho, circunstância, evolução e agente tóxico. Foram registrados 1.634 casos, sexo feminino 58,5%, faixa etária 1 a 39 anos 80%, etnia parda 71,4%, escolaridade fundamental 27,1%, município de notificação ignorado/branco 2,1%, agentes tóxicos medicamentos 31,9%, circunstância foi tentativa de suicídio 40%, durante exposição laboral não houve predomínio de intoxicação 72,5%, e evolução com cura sem sequela ficou 66,9%. O estudo concluiu que o perfil epidemiológico predominante foi de indivíduos do sexo feminino, masculino, faixa etária entre infância e adultos jovens, e o uso de medicamentos como causadores de intoxicação e suicídio como circunstâncias envolvidas durante intoxicação.