Perfil Epidemiológico De Acidentes Com Animais Peçonhentos No Estado Do Maranhão

Abstract

Introdução: Considerados como um problema de saúde pública, os acidentes causados por animais peçonhentos (ofídios, escorpiões, aranhas e dentre outros) são responsáveis por um considerável número de agravos à população mundial. Na região avaliada, estudos acerca do tema são inexistentes, havendo a necessidade do levantamento de dados, uma vez que, informações atualizadas são de fundamental importância para que ações de vigilância epidemiológica sejam empregadas com maior segurança. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no estado do Maranhão. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no SINAN/DATASUS dos casos notificados de acidentes com animais peçonhentos. Resultados: Constou-se uma maior incidência de notificações de acidentes em 2019 e nos meses de Fevereiro (10,14%), Março (9,96%) e Maio (9,89%). No que tange ao perfil das vítimas houve uma predominância no sexo masculino (68,16%), adultos jovens de 20 a 39 anos (36,24%) e autodeclarados pretos (75,03%). No que diz respeito à gestação a imensa maioria não se aplica a categoria gestante (77,71%). Em relação às características do acidente destacou-se o acidente escorpiônico (55,97%), seguido pelos acidentes com aranhas (30,66%) e ofídicos (4,09%). O tempo decorrido entre o acidente e o atendimento foi predominante no intervalo de 1 a 3 h após o acidente (34,37%). Dos acidentes ocorridos 61,31% foram classificados como leves, 82,02% evoluíram clinicamente com cura e 0,6% para óbito. Conclusão: Com base nos dados apresentados, torna-se evidente a importância dos acidentes causados por animais peçonhentos para a saúde pública, assim aponta-se que medidas intersetoriais entre a vigilância epidemiológica, a secretaria do meio ambiente e o centro de controle de zoonoses são essenciais para a diminuição da mortalidade por acidentes com animais venenosos.

Análise Epidemiológica Dos Acidentes Por Animais Peçonhentos No Estado De Pernambuco

“…Na estratificação dos casos por tipos de agentes, observa-se que na serpente foram as Bothrops (1.534; 1,47%), as aranhas foram as Loxoscele (155; 0,15%) e a Lonomia (94; 0,09%) destacou-se as lagartas. Contudo, observa-se que uma parcela significante foram notificados como ignorado/branco, chegando a mais de 90% das três variáveis apresentadas DISCUSSÃO Ao analisar a situação das notificações dos AAP nos últimos cinco anos, observa-se uma variação entre os anos, com tendência de queda, esse achado contraia outros estudos presentes na literatura, que mostram um crescimento das notificações por esse agravo 3,[10][11][12][16][17][18] . Assim como na realidade estudada, esse fato pode indicar falhas de notificação dos AAC no SINAN 1,4,10,19 alto custo nos serviços de saúde 20 .…”

Caracterização Epidemiológica dos Acidentes Ofídicos no Hospital Geral (HGR), Boa Vista, Roraima

“…De acordo com os resultados, houve predominância de acidentes ofídicos em indivíduos do sexo masculino quando comparado ao sexo feminino, este aspecto corrobora com outros estudos que descrevem a epidemiologia dos acidentes ofídicos no Brasil (Da Silva et al, 2021;Ceron et al, 2019;Da Costa et al, 2018;Do Nascimento, 2000;Magalhães et al, 2020;Soares & Sachett, 2019;Câmara et al, 2020;Bochner, Struchiner, 2003;Cordeiro et al, 2021;Azevedo et al 2021;Bomfim et al, 2021;Brandão et al, 2020;De Melo, 2018;Furtado, 2019;De Souza, 2019;Falcão, 2021). Por conseguinte, a predominância no sexo masculino é devido a maior exposição do homem às atividades de campo, como caça e extrativismo (Da Costa et al, 2018).…”

“…Observou-se que os acidentes ofídicos desta pesquisa tiveram um valor significativo em áreas rurais, algo evidente devido a estreita ligação entre acidente ofídico, meio rural e atividades agrícolas (Da . Tal fato é corroborado devido à alta prevalência e incidência desses agravos em áreas rurais (Da Ceron et al, 2019;Da Costa et al, 2018;De Moraes et al, 2021;Do Nascimento, 2000;Magalhães et al, 2020;Soares & Sachett, 2019, Câmara et al, 2020Bochner & Struchiner, 2003;Matos & Ignotti, 2020;Cordeiro et al, 2021;Azevedo et al 2021;Bomfim et al, 2021;Brandão et al 2020;De Melo, 2018;Furtado, 2019;De Souza, 2019;Falcão, 2021). Apesar de a zona urbana ser a terceira mais prevalente (21,73%), apresenta uma parcela relevante de casos o que corrobora com a possível "urbanização do ofidismo", que segundo De Moraes, Costa e Silva, Santos (2021), com as cidades em crescimento ocupando mais áreas rurais, serpentes como do gênero Bothrops, que possuem grande diversidade, acabam se adaptando facilmente em áreas urbanas e semi-urbanas, apesar de seu hábitat natural serem áreas de mata, o que proporciona maior contado entre humanos e serpentes.…”

“…Quanto a classificação dos casos, resultou em maior prevalência dos casos leves e moderados, seguidos pelos casos ignorados. Nas referências foram encontrados na grande maioria os mesmos resultados (Da Ceron et al, 2019;Magalhães et al, 2020;Câmara et al, 2020;Cordeiro et al, 2021;Azevedo et al 2021;Bomfim et al, 2021;De Melo, 2018;De Souza, 2019;Falcão, 2021) Porém, a falta de dados da evolução clínica das vítimas é um fator preocupante, já que é importante para avaliar de modo geral se o tratamento dos pacientes tem ocorrido de forma eficiente e se condiz com a gravidade esperada dos acidentes.…”

Acidentes E Plantas Hospedeiras Associadas a Lagartas Urticantes

“…Apenas as lagartas de algumas mariposas são urticantes quando em contato com o ser humano 6 . Considerando as espécies que ocorrem no Brasil, os acidentes dividemse em três tipos, sendo eles, dermatite urticante provocada pelo contato com lagartas urticantes de diversos gêneros de lepidópteros ou causada por contato com cerdas de Automeris sp.…”