Os acidentes por animais peçonhentos foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais. Buscou-se analisar o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na VI Gerência Regional de Saúde (Arcoverde-PE), Brasil. A metodologia tratou-se de um estudo retrospectivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS) para o período de 2001 a 2022. Dispensou-se apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por terem sido utilizados dados públicos, sem identificação dos participantes. No período avaliado foram notificados 11.382 na VI GERES. Os homens foram os mais acometidos (55,1%). Maior incidência de acidentes com escorpiões (42,1%) e serpentes (21,3%). Esses dados apontam para a necessidade de medidas preventivas mais enfáticas, principalmente nos meses de temperaturas mais altas, pelo risco aumentado de contato com animais peçonhentos.