Perfil epidemiológico de mulheres que se submeteram à mamografia no Brasil entre 2013 e 2021

Abstract

Objetivo: Analisar o perfil das mulheres que realizaram mamografia no Brasil no período de 2013 a 2021. Metodologia: O universo da pesquisa foi a base de dados do Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), referente aos registros das pacientes submetidas à mamografia de rastreio no Brasil, no período compreendido entre 2013 e 2021. Outrossim, foi realizada a análise dos dados colhidos utilizando o software Excel (Microsoft Office® 2019). Resultados: No período investigado, foram registradas 19.188.002 mamografias, sendo o maior número, 3.063.618, realizado em 2019. Foi observado um padrão crescente de mamografias em todas as regiões. Ressaltam-se as regiões Norte e Centro Oeste, onde houve um número discordante em relação à faixa etária predominante e a preconizada pelo Ministério da Saúde. Em comparação com todos os anos analisados, observou-se que no ano de 2020 houve uma diminuição no número de exames realizados, presumivelmente relacionado à pandemia COVID-19. Conclusão: Os resultados do presente estudo revelaram, de forma geral, que a faixa etária compreendida nas mulheres que realizam mamografia de rastreio é de 40 a 59 anos, e que o intervalo entre os exames é predominantemente de 01 ano. Ressalta-se a importância da coleta adequada e completa dos dados cadastrais das pacientes, em razão de um melhor traçado epidemiológico e social das mulheres que se submetem à mamografia de rastreio.

Factors associated with the health and reproductive autonomy of Quilombola women in Brazil

“…Therefore, it is necessary to understand the economic and social vulnerabilities that affect access to breast cancer screening and to recognize the need for strengthening women's health policies, as well as health education initiatives. 14 …”

Prevalência E Determinantes Da Realização De Mamografia: Resultados Do Vigitel, 2021

“…Saes-Silva et al [18], com base em dados do VIGITEL, demonstrou redução de tal disparidade no período de 2011 a 2020, mostrando que o grupo de mulheres sem plano de saúde alcançou as metas de cobertura do Ministério da Saúde e apresentou tendência crescente, contudo, a desigualdade de acesso ainda permanece relevante. Fatores potencialmente relacionados à discrepância de acesso observada entre setores público e privado de saúde podem se relacionar a questões de treinamento profissional e desacordo entre sociedades médicas e recomendações ministeriais acerca da periodicidade da rotina de rastreamento -que pode indicar maior frequência de exames www.scientificsociety.net sem necessidade na saúde suplementar e/ou sobrecarga do sistema público por rastreamento fora da faixa etária recomendada [19,20].…”

“…A redução da oferta de exames de mamografia observada no período guarda relação com o afastamento de médicos e enfermeiros, concentração dos esforços dos serviços de saúde no combate à pandemia e o receio pela vulnerabilidade da população oncológica frente aos riscos da infecção por COVID-19 [16,19,21]. É possível que tais fatores tenham afetado de forma mais contundente o setor público comparado à saúde suplementar, à semelhança do que fora observado com a sobrecarga dos serviços hospitalares de alta complexidade, o que contribuiria para explicar a associação encontrada com a posse de plano de saúde na manutenção da rotina de rastreio de câncer de mama no período avaliado [22].…”