OBJETIVO: Descrever o perfil da mortalidade por diabetes mellitus na Bahia entre os anos 2012 e 2021. MÉTODO: Estudo ecológico descritivo, utilizando séries temporais de dados secundários obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). Foram analisadas as seguintes variáveis através da estatística descritiva: ano de ocorrência, sexo, cor/raça, faixa etária, estado civil, escolaridade e local de ocorrência. RESULTADOS: Durante o período de 2012 a 2021 foram registrados na Bahia um total de 52.307 óbitos relacionados ao diabetes mellitus, representando uma taxa de mortalidade de 34,9/100.000 habitantes. Observou-se um aumento no registro de óbitos ao longo desse período, com exceção de uma leve redução entre 2014 e 2015. Os óbitos foram mais frequentes na faixa etária de 60 a 69 anos (48,2%), entre as mulheres (55,5%), com uma taxa de 38 óbitos/100.000 habitantes. Além disso, a etnia parda (55,2%), o estado civil casado (28,6%), a falta de educação formal (31,2%), e a ocorrência de óbitos em ambiente hospitalar (63,9%) foram características predominantes. CONCLUSÃO: A mortalidade relacionada ao diabetes mellitus na Bahia apresentou aumento ao longo dos anos, principalmente durante o período de 2012 a 2021, e variam conforme o sexo, faixa etária, cor/raça e nível de escolaridade. Esses resultados ressaltam a necessidade de estratégias de cuidados direcionados para grupos de maior risco, visando à redução da mortalidade associada a essa doença.